💼🌍 Relocação e Carreira: Quando a Maternidade Migrante Fica Fora da Planilha

“A gente foi porque ele recebeu a proposta. Eu fui com ele — mas deixei minha carreira para trás.”

Essa frase, dita por uma mãe brasileira que se mudou para a Europa com o marido, resume um dilema silencioso enfrentado por milhares de famílias em processo de relocação internacional: quando um casal com duas carreiras precisa mudar de país, a equação raramente é justa.

📊 Relocação entre casais de dupla renda: o que realmente acontece?

Em casais com duas fontes de renda (dual-earner couples), a decisão de mudar de país costuma ser influenciada por prioridades profissionais, papéis familiares e expectativas sociais. Mas na prática, a balança pende para um lado — frequentemente o dela.

Ela:

  • Deixa o emprego ou a carreira em pausa;

  • Chega em um país onde talvez nem tenha visto de trabalho;

  • Reinventa sua rotina, sua identidade e sua função dentro da família.

Ele:

  • Mantém sua trajetória profissional intacta;

  • Conta com suporte emocional e logístico da parceira;

  • Raramente sente o mesmo nível de ruptura pessoal.

Essa assimetria pode gerar tensão, frustração e perda de identidade, mesmo quando a decisão foi “em comum acordo”.

👩‍👧 Maternidade fora do Brasil: o peso invisível das decisões familiares

Quando há filhos envolvidos, a mulher expatriada muitas vezes se torna:

  • A gestora emocional da casa;

  • A ponte cultural entre filhos e sociedade;

  • A guardiã da língua e da identidade brasileira;

  • E a figura que traduz não apenas o idioma, mas o pertencimento da família.

Tudo isso fora do LinkedIn. Fora do currículo. E fora da consciência das empresas que promovem relocations como “oportunidades de crescimento”.

🚨 O que está em jogo vai além da carreira

Não se trata só de trabalho. Trata-se de:

  • Pertencimento (ou a falta dele);

  • Autonomia emocional e financeira;

  • Reconstrução de identidade em um território culturalmente estranho.

Ignorar essas camadas é comprometer o sucesso da adaptação — da mãe, da família, da própria mudança.

📘 Parenting Unpacked: This Is Not a Relocation Manual

Em meu novo livro, exploro exatamente essas camadas silenciosas da parentalidade em migração: as rupturas emocionais, os desequilíbrios de gênero, o impacto da mudança na carreira e no papel social de quem cuida, educa e sustenta emocionalmente uma família em transição.

👉 Se você vive essa realidade ou conhece alguém que está prestes a encará-la, este livro é para você.

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📌 Vamos continuar essa conversa?

Comente aqui: você já viveu ou testemunhou uma experiência de relocation assimétrica?

Compartilhe com uma mãe, pai ou profissional que precisa enxergar o que existe além do pacote de realocação.

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Jessica Gabrielzyk

Como autora brasileira especializada em vida de expatriados, escrevi “Maternidade no Exterior”, “Criando Filhos no Exterior” e “Mudando para o Exterior” para ajudar famílias a enfrentar os desafios de se realocar internacionalmente. Meu objetivo é capacitar outras pessoas a abraçarem suas novas aventuras com confiança e tranquilidade.

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